quarta-feira, 21 de março de 2007

"Nip/Tuck", ano 4, sofre com "estica-e-puxa"



LUCAS NEVES DA REPORTAGEM LOCAL

Em tradução livre, "Nip/Tuck" significa "estica-e-puxa". Título apropriado para uma série sobre dois cirurgiões plásticos que, botox, silicone e lâminas à mão, enxertam auto-estima na clientela ao mesmo tempo em que tentam remendar as imperfeições de suas existências vazias. O problema é quando começa a faltar colágeno para assimilar um sem-fim de reviravoltas e tramas esdrúxulas, aliadas a um desenvolvimento raquítico dos personagens. É uma série vítima do próprio "estica-e-puxa" que vemos no quarto ano de "Nip/Tuck". Ali está o predador sexual Christian, mais uma vez a serviço da quebra da moral e dos bons costumes: suas novas parceiras de cama são mãe e filha. Quando desperta para a própria ruína e solta um "isso é muita depravação, até para mim", sugere uma mudança de conduta. Até busca ajuda médica, mas a psiquiatra é Brooke Shields... O companheiro Sean tampouco tem paz de espírito: o casamento volta a trepidar quando ele descobre que o bebê que Julia espera tem uma deformação congênita -e que ela guardava o segredo havia meses. Para completar, na clínica, um velhinho quer testículos do porte de kiwis e uma atendente de tele-sexo deseja tirar o grave dos sussurros. "Freak show" para dar inveja a Marilyn Manson...

NIP/TUCK Quando: amanhã, às 22h Onde: Fox


Fonte: Folha de São Paulo

terça-feira, 20 de março de 2007

Para ter uma idéia da audiência das séries inéditas dos EUA.

Confira o ranking semanal da audiência da TV americana (em nº de espectadores)."

1- "American Idol" (quarta-feira), da Fox: 28,55 milhões

2-"American Idol" (terça): 27,95 milhões

3-"American Idol" (quinta): 27,52 milhões

4-"House", da Fox: 24,4 milhões

5-"Are You Smarter Than A 5th Grader?", da Fox: 20,66 milhões

6-"Deal Or No Deal" (segunda), da NBC: 18,39 milhões

7-"Without a Trace", da CBS: 17,53 milhões

8-"CSI: Crime Scene Investigation", da CBS: 15,451 milhões

9-"Cold Case", da CBS: 15,447 milhões

10-"Heroes", da NBC: 14,9 milhões

11-"Two And a Half Men", da CBS: 14,55 milhões

12-"CSI: Miami", da CBS: 14,3 milhões

13-"Extreme Makeover: Home Edition", da ABC: 13,95 milhões

14-"Survivor: Fiji", da CBS: 13,82 milhões

15-"Criminal Minds", da CBS: 13,68 milhões

16-"24", da Fox: 13,04 milhões

17-"Deal Or No Deal" (domingo), da NBC: 12,91 milhões

18-"Rules Of Engagement", da CBS: 12,51 milhões

19-"Lost", da ABC: 12,45 milhões

20- "NCIS", da CBS: 12,45 milhões

Gilmore Girls: virada na sétima temporada?

Ah, bom, depois de quase dois meses em hiatus, saiu na terça (23), um episódio inédito de Gilmore Girls - Santa's Secret Stuff.

É verdade que a série decaiu um pouco com a saída da Amy Sherman-Palladino, mas ainda acho que não chega a ser a pior temporada - a quarta temporada, totalmente sem carisma, melhorou só a três episódios do fim... Nessa temporada, a quarta, a Lorelai tem o namorado mais mala ever, o Jason. por que as pessoas não admitem que estão putas por shipperia? por que Lorelai e Luke não estão juntos? Por causa do Chris? Cansei de ouvir argumentos de que Lorelai terminar justamente com o pai da sua filha, fazendo a linha "família feliz" ia totalmente contra ao que a série representa. ah, poxa! Vamos destruir a família, então, tenho 12 anos, vou fazer o final pra ser do contra?

Enfim, eu até gosto do Chris, mas aos episódios está faltando um quê... Não foi o caso desse 11, que acho que foi um dos melhores até agora. o Luke está prestes a ir à luta pela guarda da April, a filha, e pede à Lorelai que escreva uma carta que seria lida em juízo, para reforçar que ele é uma boa pessoa etc. Lorelai se bate com isso o episódio todo e, no final, quando põe a carta no correio, começa a nevar. Nevar é um simbolismo forte nessa série, e parece que os ventos vão mudar mesmo. Pra saber mais, entrem no blog da analu, aí nos links. informações sobre uma possível oitava temporada, também, vocês encontram lá, em meio ao disse-que-disse. O blog é legal, apesar de ser absoluta e cegamente java junkie (fã louco de Lorelai e Luke).

Vendo esse episódio, a java junkie em mim até acordou um pouco. Não nego que o Luke é meu preferido, mas acho babaquice assistir série por shipperia e aceito um bom final, fique a Lor com quem ficar.

Sobre a oitava temporada, parece que a Lauren Graham gostaria que rolasse, mas a Alexis Bledel não teria interesse (nada confirmado). a Lauren disse que sem a Alexis não volta... A alternativa seria a série se focar em Lorelai (possivelmente com Luke) e Alexis participar ocasionalmente. Acho horrível. Gilmore Girls, apesar do que querem alguns, não é só Lorelai. Inclusive nessa temporada estou sentindo muita falta da Emily e do Richard, acho que estão aparecendo pouco e de maneira não marcante. Nos próximos episódios eles vão voltar.
Vídeo anunciando a volta do hiatus, ao fundo tocando On The Radio, da Regina Spektor. Diversas cenas de Lorelai e Rory.



O Jack de Will and Grace participa de 30 Rock

O Jack McFarland de Will & Grace vai voltar à TV. O ator Sean Hayes foi convidado para uma participação especial em 30 Rock. Na comédia, ele será Jesse, primo de Kenneth, o recepcionista do canal fictício da série.

O 'sim' de Hayes para a série foi a realização de um sonho para Jack McBrayer, o faz-tudo da emissora. "Alguns anos atrás Jack me disse que queria escrever um roteiro de Will & Grace em que ele fosse o primo de Sean Hayes e eu fosse a prima de Megan Mullally (a Karen). Mas eu disse que não era assim que as coisas funcionavam. Agora estou feliz que esse sonho esteja se realizando ao contrário", contou Tina Fey, criadora e atriz de 30 Rock.

O episódio tem exibição marcada para 26 de abril na TV americana, então deve demorar a passar por aqui.

terça-feira, 6 de março de 2007

para quem reclama que só tem música ruim na tv.


Quem acompanha TV e ao mesmo tempo está antenado com as tendências da música, pode ter uma surpresa assistindo às séries, principalmente àquelas voltadas para o público adolescente ou adulto-jovem, como Greys’s Anatomy e Lost. Ao contrário da maioria dos produtos audiovisuais, que procuram compor sua trilha sonora com sucessos emplacados nas rádios, especialmente novelas, as séries apostam em artistas pouco conhecidos, mas que têm recebido críticas bastante positivas de revistas especializadas, além de atenção dos internautas.
Um dos exemplos mais expressivos dessa mudança é a criação de uma empresa especializada em produzir trilha sonora de seriados. A Chop Shop music é a responsável pela música de Grey's Anatomy, The OC, Without A Trace, Supernatural, dentre outros. A dona da idéia - Alexandra Patsavas, diz que gosta de música indie e que procura tocar as músicas das bandas que ela gosta. Assim, é possível ouvir gente hypada como: Regina Spektor, Beck, e Peter Bjorn e John enquanto a gente assiste a mocinha, mais uma vez, indecisa entre seus pretendentes.

Outros seriados, menos voltados para o público jovem, apostam no velho e bom rock’n roll e na música americana. House, por exemplo, tem na trilha Pink Floyd, Ryan Adams e Rolling Stones, com o clássico you can’t always get what you want. A Televisão faz uma ponte inédita com a música que ainda não é exatamente mainstream, entre o universo mais independente, propiciado pela internet e, um produto veiculado por uma grande emissora de TV, tanto porque as pessoas têm condição de ter um acesso mais amplo à uma revista especializada de música da Inglaterra, por exemplo, quanto porque a internet virou fonte de disseminação e debate de conteúdo. Ao contrário do que diz a canção, os fãs de música parecem conseguir o que eles querem vendo seriados e, até mesmo, descobrir coisas novas.

Estréia



Depois de fazer muito sucesso nos Estados Unidos e já ter uma segunda temporada garantida, finalmente estreou no Brasil a série Heroes. Os motivos para a série fazer tanto sucesso e já ter conquistado um expressivo número de fãs até mesmo no Brasil já são delineados nesse episódio de estréia.


Heroes começa com um homem na sacada de um prédio, aparentemente na iminência de pular. Ele pula e... voa. Peter Petrelli é um enfermeiro que assiste pacientes em estado terminal, na cidade de Nova York. Peter sonha constantemente que está voando e que existe algo de diferente com ele.


Assim como Peter, existem diversas pessoas ao redor do mundo (bom, basicamente os Estados Unidos, é verdade) com habilidades e poderes recém-descobertos. Os personagens principais apresentados nesse capítulo são uma cheeleader indestrutível, um japonês que pode manipular o tempo/espaço, uma stripper com uma personalidade extremamente forte, um viciado em drogas que pinta o futuro, além de Peter e de seu irmão, um político que acredita que sua capacidade de voar é inútil e embaraçosa. Para amarrar tudo isso, um professor indiano cujas pesquisas podiam determinar esses seres diferentes através de certos padrões no código genético... OK, apenas um embasamento teórico qualquer, sem muito compromisso com a realidade.


Nos letreiros iniciais, os espectadores são avisados de que esses heróis, que ainda não se sabem heróis, irão aprender a lidar com seus poderes e salvar o mundo – ou, pelo menos, tentá-lo. Todos estão conectados de alguma maneira e se cruzam diversas vezes, se conhecendo ou não.


Parece um pouco com Lost – no clima de mistério e no enovelamento de personagens. Mas ao contrário de Lost a série opta por não centrar um episódio em um único personagem e todos aparecem paralelamente, com algumas exceções.


Parece um pouco com X-Men. Heróis, alterações genéticas, um professor que vai atrás deles para acalmá-los e ajudaá-los a lidar com seus poderes... Até alguns poderes são parecidos (a cheerleader é, em minha opinião, uma Wolverine melhorada, porque parece sentir muita pouca dor; numa ilha deserta, poderia se alimentar da própria carne com muito menos sofrimento que o baixinho canadense), um policial telepata que aparece mais para a frente (telepatia é um clássico; o policial Parkman sofrendo com dores de cabeça causadas por seu poder é um deja vù da Jean Grey adolescente, ainda controlando sua telepatia), manipulação de metal, telecinese...


Mas a semelhança é mais do que com os X-Men. Heroes apresenta, desde sua estréia, certa similaridade com as histórias em quadrinho de uma maneira geral. A temática de um homem comum se descobrir um possível herói, por ter algum poder fantástico, não é exatamente novidade nas HQ’s. Além dessa similaridade temática e na construção de alguns personagens a série flerta com a própria linguagem dos quadrinhos. Os quadros do pintor Isaac, retratando o futuro, são muito parecidos com HQ’s. Mais para frente, na série, ao reuni-los para tentar dar-lhes uma interpretação, ele praticamente monta uma história em quadrinhos. Existe uma, de fato, na série, roteirizada e escrita por Isaac, e que também se relaciona com a história, mostrando, de certo modo, o que acontece com eles. Pra não falar nas HQ’s disponibilizadas no site (com elementos extra em relação ao que é exibido na TV), na participação especial de Stan Lee...


A temática, a proximidade com HQ’s e as muitas cenas de ação certamente ajudaram a conquistar o público essencialmente jovem da série. Os quadrinhos são a pitada especial no caldeirão de elementos pop misturados pelo roteirista Tim Kring, que garante ter estórias para pelo menos cinco temporadas de Heroes. Resta saber se ele vai conseguir manter o ritmo envolvente e não deixar a peteca cair.


Serviço:

Heroes - Universal Channel, todas as sextas às 21hs.