J. J. Abrams começou sua carreira em Los Angeles. Diretor de pequenos curtas sci-fi durante a adolescência, sua primeira série de destaque foi
Felicity, que ele criou com Matt Reeves.
Felicity acompanhou durante quatro temparadas a história de Felicity Porter (Keri Russell), cada um deles correspondendo a um ano da protagonista na universidade. A série contava os pequenos dramas de
Felicity, vivendo longe dos pais, suas relações com os amigos e a clássica dúvida entre os caras - Ben ou Noel?
Felicity acabou em 2002. Quando isso ocorreu, J. J. já estava desligado dos roteiros da série, dedicado a um novo produto, criado inteiramente por ele:
Alias.
Alias poderia ser explicado como se
Felicity, a pacata garota de Nova York, tivesse na realidade uma vida dupla, de espiã. A série se passa em Los Angeles e vemos Sydney Bristow (Jennifer Garner), jovem estudante de inglês, conciliar sua vida de estudante com a vida de espiã da CIA. Ou pelo menos ela assim o pensa... A série começa quando Sydney descobre que "trabalha para aqueles que jurara combater". Decidida a se vingar, ela vira agente dupla e a série acompanha suas aventuras, cada episódio com seu périplo particular, que acabam se configurando em algo maior - um nome apenas, Rambaldi, um Da Vinci falsificado.
Alias durou cinco temporadas, as duas últimas agonizando. Motivo? J. J., o volúvel, estava agora interessado em
Lost, série que criou com Jeffrey Lieber e Damon Lindelof. Claro que não se pode culpá-lo pela decadência da série; é comum que o autor e principal roteirista saia do projeto e sua equipe continue com o trabalho, com melhores ou piores resultados. No caso de
Alias, piores. A quinta e última temporada foi mais curta e inconclusiva.
Lost agora é a menina dos olhos de Abrams. Mas agora, certamente, é menos dele do que as outras o foram.
Lost ficou grande demais para que o controle e as decisões fiquem nas mãos de uma pessoa, apenas. O jogo agora é de gente grande, J.J.